eu devia ter uns 3 ou 4 anos e meu pediatra perguntava se eu tinha namorado. claro que tenho, eu respondia. e quem é? algumas vezes era o homem-aranha, outra vezes era michael jackson.
Arquivo mensal: junho 2009
retiro de luxo impossível
queria comer fondue de queijo, num lugar quieto, silencioso, sem gente, só pra pensar na vida. só conheço um lugar em que isso é possível. quem sabe no ano que vem?
home
vacatussa
outro texto novo no http://www.vacatussa.com
W. Ernest Henley. Invictus.
Out of the night that covers me,
Black as the Pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.
In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.
Beyond this place of wrath and tears
Looms but the Horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds, and shall find, me unafraid.
It matters not how strait the gate,
How charged with punishments the scroll,
I am the master of my fate;
I am the captain of my soul.
lição
são tantas
uma coisa de que não posso me queixar nessa vida é da falta de emoções, viu?
e o gol nem foi anulado
domingo fui ao meu primeiro jogo de futebol. quer dizer, meu pai já tinha nos levado ao jogo do Brasil, aquele que teve no arruda há muitos anos, em que a seleção fez um montão de gols. toda a minha experiência futebolística termina aí.
esclareço logo que não gosto de futebol. não consigo entender o fanatismo. a minha vida não muda em absolutamente nada no evento do náutico ganhar, ou do sport empatar. só consigo ver importância nisso pros jogadores, que afinal de contas ganham dinheiro demais pra ficar ziguezagueando por um gramado atrás de uma bolinha.
mas, depois de veementes pedidos, e sob a garantia de loulou de que o jogo era tranquilo (time de fora) e que as pessoas em geral são bem apessoadas, capitulei. botei lá a camiseta que meu marido me deu há um ano e que nunca tinha saído do armário e enfrentei o processo.
chegando lá, tentei me controlar: era toda uma multidão. tivemos que comprar ingressos no cambista, a um preço que, bem, poderia ter sido gasto em coisas mais importantes. mas fui. depois de ser praticamente levada para dentro do estádio pela turba insana, só me restava tentar achar um lugarzinho minimamente seguro pra assistir o negócio se desenrolar.
e eu nem prestava atenção da bola. escutava a profusão riquíssima de palavrões. o povo xingava o juiz, os jogadores do time, os jogadores do outro time, a outra torcia. tinha xingamento que eu nem conhecia! enfim, era toda uma catarse coletiva de raiva reprimida. se eu fosse mais bem analisada, teria gritado todos os palavrões que tenho vontade de gritar todos os dias e hoje talvez eu fosse até mais feliz. mas eu sou educada e tento canalizar a minha raiva difusa em atividades mais produtivas, como estudar para concursos públicos e ler o blog de katylene. fiquei só observando.
o fato é que, assustado com a perspectiva de ter que me tirar do estádio com uma torcida raivosa bloqueando as saídas, meu marido resolveu deixar o local mais cedo. não tinha mesmo razão pra esperarmos o fim do jogo, porque a derrota do time era certa (e, a julgar pelas imprecações, só posso dizer que acho que o time deve ter jogado mal mesmo).
foi então que, ao alcançarmos a rua, ouvimos os gritos dos torcedores felizes. eu, no meu primeiro jogo de futebol, nem pude me irmanar ao coletivo gritando gol.
vacilo
ai, não tem perdão: como é que eu fui perder a VA do século, o especial Roberto Carlos e Cantoras?????????
depois dizem que estudar é que leva a pessoa pra frente.